Alimentação, higiene, vestuário, lazer, transporte, mobiliários, eletrônicos, construção civil, atividades esportivas e profissionais. Todas essas ações geram algum tipo de impacto ambiental ou passivo ambiental. Desde o momento em que nascemos até o presente dia, estamos consumindo cada vez mais e gerando o “nosso” passivo ambiental.
O nosso planeta vive a Era do Consumismo. Ouvimos falar em pegada de Carbono, emissões de gases de efeito estufa, créditos de Carbono, esgotamento das reservas naturais, aquecimento global e por aí vai.
As gerações mais novas culpam as gerações mais antigas que, segundo eles, são as causadoras de tudo o que está ocorrendo nos dias atuais.
Outro dia, presenciei o seguinte diálogo na fila de um supermercado, onde o caixa dizia a uma senhora que ela deveria trazer suas próprias sacolas para levar as compras, uma vez que as sacolas plásticas não são “amigas” do meio ambiente.
A senhora então pediu desculpas e disse que antigamente não existia essa “onda” verde.
O caixa então respondeu que esse é exatamente o problema hoje, a sua geração não se preocupou o suficiente com o nosso meio ambiente.
Você está certo respondeu a senhora. As gerações antigas não se preocuparam adequadamente com o meio ambiente.
Antigamente, as garrafas de leite, de refrigerante, cerveja e outras eram devolvidas aos mercados que as mandavam de volta para suas respectivas fábricas, para suas reutilizações.
As fraldas dos bebês eram lavadas, porque não existiam fraldas descartáveis; a secagem era feita por nós mesmos, utilizando energia solar e eólica que realmente secavam nossas roupas.
Na cozinha, tudo era feito manualmente pois não existiam aparelhos elétricos que fazem tudo por nós. Quando enviávamos algo frágil pelo Correio, usávamos jornais velhos como proteção e não plástico tipo bolha que demora séculos para degradar. Antigamente não se usava cortadores de grama elétricos ou a gasolina, o cortador utilizado exigia músculos, era um exercício extraordinário e não precisávamos ir a uma academia e usar esteiras elétricas para nos exercitar.
Bebíamos agua diretamente das fontes em vez de usar copos plásticos e garrafas pet que agora poluem os oceanos, já sendo encontradas nos estômagos dos animais marinhos.
Teríamos uma lista de comparações intermináveis, então não é incrível que as atuais gerações falem tanto em “onda verde”, mas não abrem mão de nenhuma modernidade que lhes proporcionam um conforto efêmero e passageiro, não sustentável como antigamente?
(Texto adaptado de autor desconhecido)
Fala-se em reciclagem, mas não lembram que nosso Planeta não é reciclável, suas fontes de recursos são finitas.
Já passou da hora de repensarmos em diminuir o consumismo, termos atitudes sustentáveis, ainda dá tempo de preservar nosso Planeta para a atual e para as futuras gerações. Pense nisso, a mudança começa em nós mesmos, em nossos hábitos.
Grandes produtores estão adotando no Brasil práticas para transformar resíduos em novos produtos e impulsionar a economia circular.
E nós, pequenos consumidores, o que podemos fazer?
A resposta está na aplicação, em nosso dia a dia, de dois conceitos muito usados hoje em dia para fomentar o reaproveitamento de materiais que seriam simplesmente descartados e de objetos usados que, para nós, já não tem mais serventia.
O primeiro conceito é o de UPCYCLING, nome dado a técnica que consiste em, com criatividade, dar um novo e melhor propósito para um material que seria descartado, sem degradar a qualidade e composição desse material.
Apesar de não ser uma prática nova, nos últimos tempos está em moda no universo sustentável.
Essa prática reduz a quantidade de resíduos produzidos que passariam anos em aterros sanitários, diminui a necessidade de exploração de matéria prima para geração de novos produtos, menos petróleo explorado, menos árvores derrubadas, menos minérios extraídos da natureza, proporcionando uma economia significativa de água e de energia. Essa prática é um dos grandes exemplos do conceito de Economia Circular, que propõe que resíduos sirvam de insumo para a produção de novos produtos e, que está ao alcance de todos nós.
Outra grande vantagem do UPCYCLING é que ele incentiva o conceito do “FAÇA VOCÊ MESMO” (DO IT YOURSELF), que nada mais é do que estimular as pessoas a fazerem coisas com as próprias mãos ao invés de comprarem novos produtos.
Dicas de DIY e UPCYCLING para móveis e decoração
Com criatividade é possível transformar móveis e itens antigos em peças únicas e sustentáveis, com a sua personalidade (Natasha Olsen).
Consumir de forma consciente e aproveitar ao máximo aquilo que já temos são atitudes ótimas para o nosso bolso, nossa saúde mental e para o planeta. Quando se trata de móveis e itens de decoração, essa lógica traz ainda mais benefícios, pois esses produtos devem durar muitos anos e, trazem consigo um pouco da nossa história.
Mesmos quando nossos móveis vão ficando mais antigos ou a gente enjoa um pouco deles é possível usar o DIY e o UPCYCLING para dar uma cara nova ao que já está em nossa casa, permitindo criarmos peças originais a partir de peças e materiais que, de outra forma, seriam descartados.
Pallets e caixotes são exemplos populares que podem ser facilmente transformados em mesas de centro, prateleiras, sofás, estantes, gaveteiros, poltronas reformadas com tecido reciclado, pufes usando pneus velhos e capas de tecido reciclado, entre outros.
A ideia é que os produtos sejam reutilizados, recriados e ressignificados em vez de serem substituídos e descartados, utilizando técnicas simples, como pintura e lixamento, até projetos criativos mais complexos, com desmontagem e reconstrução de peças para novos usos.
Acessórios decorativos
Além dos móveis, os acessórios decorativos são ótimas soluções trazidas pelo DIY e pelo UPCYCLING. Peças menores como luminárias, quadros e porta objetos podem ser criadas a partir de objetos simples como garrafas, latas ou até utensílios de cozinha antigos.
Uma garrafa de vidro pode ser transformada em um vaso de flores, enquanto uma escada de madeira antiga pode se tornar suporte para toalhas ou prateleira para livros ou vasos de plantas.
Para começar seu próprio projeto DIY com UPCYCLING, siga alguns passos práticos:
Escolha o material: opte por objetos que possam ser transformados como pallets, garrafas de vidro ou de pet, caixotes ou móveis antigos.
Defina o objetivo: planeje o que deseja criar com a peça, seja um móvel, um acessório decorativo ou algo funcional.
Prepare os materiais, limpe, lixe e pinte os objetos, se necessário para dar a eles um novo visual.
Solte a criatividade, combine cores, texturas e acessório que complementem o ambiente.
Finalize com acabamentos que garantam durabilidade e um toque pessoal.
Aproveite o final de ano e comece seus projetos com uma decoração de Natal sustentável.
Vamos fazer a nossa parte, o nosso planeta agradece.
Quais são os maiores desafios enfrentados pela indústria de reciclagem de RCD atualmente?
O maior desafio para a reciclagem de entulho atualmente é a ausência de uma agenda ambiental por parte das prefeituras e estados. Além disso, há uma cultura resistente quanto ao uso de agregado reciclado, especialmente na sua utilização em pavimentação e na construção civil.
Outro obstáculo são os mais de 3000 lixões existentes no Brasil que concorrem de forma ilegal e clandestina com os locais licenciados e legalizados. Além de crime, comprometem a qualidade da água, do solo e do ar.
Como a conscientização do público sobre a importância da reciclagem de entulho tem evoluído nos últimos anos?
Há uma consciência sobre os problemas ambientais, porém, tanto as construtoras como os órgãos públicos pouco fazem para avançar com mais agilidade. O resultado é um número recorde de lixões no Brasil e o completo abandono por parte das prefeituras e do Governo Federal de uma agenda ambiental que estimule o mercado a destinar e reciclar os resíduos.
A gestão correta dos resíduos é uma iniciativa muito isolada e não é a realidade das construções no Brasil, seja pela dificuldade de o engenheiro não entender o negócio ou até pelo custo. É muito barato gerar entulho, e mais barato ainda transportar
Quais materiais são mais difíceis de reciclar e por quê?
A construção civil cria e inova e em muitos casos inviabiliza e encarece a destinação dos resíduos.
Atualmente os resíduos com maior dificuldade em se reciclar são aqueles misturados. Isso acontece devido a falta de gerenciamento e separação do material na origem, nas obras.
A dificuldade em destinar ou reciclar se dá pela inviabilidade técnica ou financeira, ou seja, é muito caro fazer o tratamento e às vezes impossível devido a contaminação dos materiais.
Como o uso de tecnologia pode melhorar os processos de reciclagem e aumentar a eficiência?
A tecnologia pode elevar a produtividade da construção e das usinas de reciclagem de RCD (Resíduos da Construção e Demolição), sobretudo quando reduz o esforço operacional e auxilia a mão de obra na separação e gerenciamento dos resíduos.
Um exemplo disso são os equipamentos dotados com sopradores, sugadores e leitura ótica com limpeza, separação e até classificação dos resíduos. Essas tecnologias têm o potencial de substituir os esforços humanos na triagem e focar energia no negócio.
Qual é o papel das políticas governamentais no fortalecimento da reciclagem? Há algo que você acredita que poderia ser melhorado?
Considero que há um significativo avanço em conhecimento e conteúdo sobre a reciclagem de entulho no Brasil nesses últimos dez anos. A Abrecon tem pautado a inteligência nos projetos e a adequação da usina de reciclagem ao universo local, ou seja, não é possível abrir uma unidade de reciclagem de RCD num mercado sem regulação, bem como, não dá pra vender agregado reciclado em regiões com o agregado natural barato.
Quais são as melhores práticas para empresas que desejam implementar programas eficazes de reciclagem?
É importante entender que a destinação correta dos resíduos já atende a todos os critérios ambientais, portanto, o simples fato de separar os resíduos no canteiro de obras já ajuda na destinação do material.
Outro fator importante para implementar um plano audacioso para a destinação correta dos resíduos é o planejamento dos materiais e da mão de obra. O planejamento minucioso da obra tem o potencial de economizar dinheiro, mão de obra e tempo.
Como a reciclagem pode ajudar a reduzir a pegada de carbono de uma cidade ou comunidade?
A reciclagem poupa energia, recursos naturais e estimula a geração local de trabalho, emprego e renda.
Você acredita que o modelo de economia circular está sendo implementado de forma adequada? Quais seriam os próximos passos?
Não há nenhuma iniciativa plausível no segmento de resíduos da construção e demolição, muito menos atitude da indústria da construção para desenvolver ferramentas no sentido de uma economia verde e circular.
Quais são os mitos mais comuns sobre reciclagem que precisam ser desmistificados para o público?
Há uma ideia de que não há locais para reciclar entulho em São Paulo e no Brasil. O mito está assentado na condição de as pessoas não verem notícias sobre o ramo e não entenderem o negócio. Muitas políticas públicas são construídas com um base informacional muito frágil e sentenças equivocadas sobre o produto e o processo.
Que conselhos você daria para indivíduos e famílias que desejam começar a reciclar de maneira mais eficaz em suas casas?
Antes da obra ou reforma, reserve um tempo para o planejamento e discuta com o responsável uma forma de usar materiais sustentáveis ou passíveis de fácil destinação
Você acorda, dá uma olhada nas notícias e repara que todo dia é aquecimento global, redução das emissões de gases de efeito estufa e por aí vai. E, então você fica pensando: e eu com isso?
Nunca se falou tanto em reciclar, em sustentabilidade, em aquecimento global. Será que é só conversa ou nós podemos contribuir? Muitos de nós pensamos que se fizermos tudo o que falam não vai adiantar nada, sou só um neste cenário. Aí que está o erro!
Se você fizer a sua parte, conversar com vizinhos, família, amigos, esse número logo crescerá significativamente e logo mais e mais pessoas estarão contribuindo para minimizar todos esses problemas que os descarte irregulares dos resíduos causam ao nosso Planeta. Lembre-se que para vencer uma maratona é preciso dar o primeiro passo. Menos de 18% de tudo o que produzimos e consumimos está sendo reciclado atualmente, apesar do potencial de reutilização e reciclagem de mais de 90% desses materiais. Estima-se que mais de 81% de tudo o que é produzido e consumido pelos humanos acaba como poluentes enterrados em aterros sanitários, despejados em corpos d’água ou queimados na atmosfera. O lixo e a falta de incentivos suficientes para reciclagem representam riscos à nossa saúde, ao meio ambiente, à nossa segurança alimentar e hídrica e aos meios de subsistência das gerações futuras. Alguns exemplos de ações de reciclagem que podemos praticar no nosso dia a dia:
1 – Esponjas de lavar louças
Item comum na cozinha do brasileiro, a esponja de lavar è composta por materiais plásticos de difícil reciclagem. Por esse motivo, o produto é recusado nas coletas seletivas e, geralmente, termina seus dias sobrecarregando aterros sanitários. Um resíduo só pode ser considerado reciclável quando os custos logísticos e de processamento são inferiores ao valor de venda do material reciclado. Como, por exemplo, acontece com as latinhas de alumínio. Contudo, este não é o caso da esponja, composta por espuma polimérica e poliuretânica, que após lavagem passa por um processo termomecânico que forma “espaguetes” de plástico; esses “espaguetes” são cortados e transformados em grânulos chamados pelletes, a serem reintroduzidos na cadeia produtiva e usados na indústria do plástico para criar outros objetos.
2 – Óleo de cozinha usado
O descarte do óleo de cozinha errado não deve ser feito no ralo da pia, no vaso sanitário e nem com o lixo orgânico, pois esses destinos incorretos levam à contaminação dos mananciais, do solo e da atmosfera. Entre as formas de reciclagem do óleo de cozinha usado, a mais importante é a produção de biodiesel.
Além disso, a reciclagem de óleo de cozinha usado pode ser utilizada para produzir massa de vidraceiro, ração animal, resinas para tintas, adesivos e outros produtos; a utilização para a fabricação de sabão caseiro, apesar de ser muito popular, hoje em dia não é recomendada pois o efluente proveniente de sua utilização ainda possui potencial de contaminação.
3 – Medicamentos
O descarte de medicamentos deve ser feito em locais adequados (pontos de descarte em farmácias, supermercados, postos de saúde), evitando os riscos de contaminação do solo e do lençol freático. Não é necessário destacar os comprimidos das cartelas e os remédios líquidos devem estar em embalagens fechadas. Para o descarte de seringas e agulhas o ideal é que elas sejam armazenadas em um recipiente rígido para evitar acidentes e contaminações. Já as caixas de medicamentos e as bulas que não tiveram contato com os remédios devem ser encaminhados para a reciclagem de papel/papelão.
4 – BOPP EMBALAGENS
Essa película é um tipo de filma plástico encontrada em embalagens de salgadinhos, biscoitos, barrinhas de cereais e muitas outras embalagens. O seu descarte correto permite que seja inserido novamente na cadeia de fabricação de novas embalagens, Para saber mais detalhes acione o S.A.C. do fabricante do produto.
5 – LIXO ELETRÔNICO
O Brasil é um dos países que mais produzem lixo eletrônico no mundo e, embora seja uma atitude equivocada, muitos acabam descartando uma pilha, um mouse, um celular antigo ou uma bateria no lixo comum. Para reciclar esses resíduos o correto é leva-los a lojas ou pontos de entrega voluntária que possuem recipientes destinados a receber lixo eletrônico.
6 – LÂMPADAS
Um dos descartes irregulares mais impactantes ao meio ambiente é o das lâmpadas fluorescentes, pois são altamente tóxicas e não podem ser descartadas no lixo comum. O correto é levá-las a uma loja de materiais de construção que possuam pontos de coleta destinado para este tipo de resíduo.
7 – PILHAS E BATERIAS
A responsabilidade por recolher e encaminhar adequadamente pilhas e baterias pós uso é do fabricante das mesmas. Portanto, esses materiais usados devem ser entregues aos estabelecimentos que os comercializam ou às assistências técnicas autorizadas para seu encaminhamento as fabricantes ou importadoras. O descarte irregular pode resultar em diversas complicações, desde a contaminação do solo e da água até a propagação de doenças entre pessoas e animais. Outro cuidado é com relação às pilhas “piratas”, de procedência duvidosa, podem conter materiais muito mais tóxicos do que os produtos regulamentados.
É importante observar se na embalagem do produto consta que a pilha pode ser descartada no lixo comum. As pilhas alcalinas não contém metais pesados em sua composição, já as pilhas comuns e as recarregáveis contém mercúrio, cádmio e chumbo e devem ser devolvidas aos fabricantes.
8 – CAPSULAS DE CAFÉ
A Nestlé Nespresso AS, companhia de cápsulas, máquinas e cafés porcionados, firmou parceria com a Natura, fábrica de cosméticos, para que as bisnagas dos cremes hidratantes da linha Ekos Castanha passem a utilizar o alumínio reciclado das cápsulas de Nespresso em sua composição, reaproveitando mais de duas toneladas de cápsulas ao ano. A parceria já conta com 400 pontos de coleta das capsulas espalhados pelo Brasil, além de pontos de entrega nas “Boutiques Nespresso”.
9 – ROUPAS USADAS
Todos os anos, são geradas cerca de 170 mil toneladas de resíduos têxteis no Brasil e somente 20% são reciclados. Os outros 80% (135 mil toneladas) acabam em aterros sanitários ou no meio ambiente, de acordo com dados do Sebrae e do relatório Fios da Moda. O lixo têxtil é uma ameaça ao meio ambiente. Globalmente, o setor é responsável por até 10% das emissões de gases do efeito estufa (GEE), segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), e o tingimento de tecidos é o maior poluidor de fontes de água no planeta.
9_1 – Meias usadas
No projeto Meias do Bem, da Puket, cada 40 pares de meias velhas (de qualquer fabricante) viram um cobertor para quem passa frio. Para descartar procure uma loja Puket ou acesse seu site.
9_2 – Sobras de tecido novo
Pedaços de pano sem uso, como retalhos que sobraram de uma toalha de mesa ou cortina, podem ser levados ao Banco de Tecido. Depois de pesados, eles geram um crédito em quilos de tecido que você pode trocar por outros tecidos da loja. Desde o começo da iniciativa, 30 toneladas de tecido já foram circuladas. Onde: Rua Aliança Liberal, 1012, Vila Leopoldina
9_3 – Lingeries
O projeto Doe Esperança, da Hope, arrecada e doa calcinhas, sutiãs e pijamas para pessoas em vulnerabilidade social. Após recolhidas, essas peças (de qualquer marca) são desinfetas e higienizadas para serem entregues a ONGs, fundações ou entidades. Mas importante: as peças doadas devem estar sem rasgos e em bom estado para uso, ok? Onde: uma das lojas Hope participantes – na capital paulista são dez
9_4 – Uniformes de empresas
O programa Retalhar recebe uniformes usados por funcionários de empresas parceiras e eles passam por um processo em que o tecido é triturado, desfibrado e reinserido no setor produtivo. O antigo uniforme vira matéria-prima para setores como construção civil e indústria automobilística, por exemplo. Onde: Rua Brasilândia, 354, Barueri
9_5 – Roupas que não usa mais
O Ecoestilo é um programa de logística reversa da Renner. As roupas entregues passam por uma triagem e podem ter dois destinos: a reciclagem ou a reutilização. Na primeira opção, os itens são transformados em fio novamente, podendo virar outras roupas. Já na reutilização, as peças são transformadas em novos produtos ou doadas para entidades. Onde: lojas Renner com coletores
MOTIVOS PARA RECICLAR
A importância da reciclagem está ligada ao desenvolvimento sustentável, que engloba não só o meio ambiente mas também aspectos sociais, econômicos e de saúde, isso porque quando descartamos os resíduos de forma correta, agregamos valor ao processo e ao novo material que será produzido, pois melhoramos os índices de reaproveitamento, barateamos os custos de produção e estimulamos o crescimento das cadeias de reciclagem, reduzimos a quantidade de rejeitos que iriam para aterros ou que seriam descartados de forma irregular, diminuímos o consumo de novas matérias primas, gerando, inclusive, mais empregos e aumentando a geração de renda para aqueles que fazem o principal trabalho para essa cadeia se movimentar, que são os “catadores”, reduzimos o consumo de energia e de água na fabricação de novos produtos.
Estamos vivendo tempos de graves mudanças climáticas com ondas de calor, chuvas intensas, ventos cada vez mais fortes que estão assolando nosso País, acarretando prejuízos e perdas de vidas, pois as cidades não estão preparadas vara vivenciar esses eventos, cada dia mais constantes.
Pense nisso, reflita, reveja seus hábitos, ainda dá tempo, nosso Planeta agradece!
Esse mercado cresceu baseado na ilegalidade, descartando entulho em espaços clandestinos, lagos e lagoas, rios e até no mar, sem o mínimo de regras e com respaldo da população e do poder público. Embora isso ainda seja a realidade de grande parte do país, a regulamentação do transporte de resíduos avança nas capitais e cidades médias em virtude dos impactos nocivos dos aterros clandestinos ao meio ambiente, aos animais, às águas e à população, que sofre com as queimadas de lixo nos aterros clandestinos em direção às moradias.
O transporte de resíduos da construção é um setor composto basicamente por empresas com caminhões basculantes, caçambas estacionárias, carroceiros e fretes.
Não há dados públicos sobre os carroceiros, aqueles que transportam resíduos da construção e recicláveis com tração animal ou humana, porém, não são a maioria em número nem em volume. Diferente do transporte por caçamba basculante ou estacionária, esses atores estão presentes em cidades médias e grandes e sempre utilizam a estrutura pública, seja os ecopontos ou terrenos baldios e não estão dedicados ao entulho, ou seja, estão na função em virtude da precarização do trabalho, das condições sociais ou da necessidade momentaneamente.
Um dado que enriquece a discussão é o valor dos serviços de remoção e transporte de RCD. De acordo com os dados mais recentes da Pesquisa Setorial Abrecon 2022, a média de preço das empresas (caçamba de entulho) respondentes é de R$ 250,00.
Obviamente nós estamos falando da média de valores das caçambas estacionárias, desconsiderando cidades e regiões onde o poder de compra está reduzido ou culturalmente há mais aterros clandestinos, o que puxa o valor de locação da caçamba pra baixo.
O transporte de RCD é basicamente o papel de alguém que faz a ligação entre o gerador e o destinatário, assim temos a caçamba sendo usada para descartar o entulho e, ao final, sendo levada para uma usina de reciclagem de entulho, aterro de inertes ou uma ATT – Área de Transbordo e Triagem.
O transporte de entulho ou resíduos da construção é o nome correto, todavia, alguns chamam de entulheiro, caçambeiro e até lixeiro.
Esse segmento é imprescindível para a construção civil, mas não recebe tratamento respeitoso e digno das construtoras, sobretudo pelos preços praticados e pela rotatividade de fornecedores, em geral trocados pelo fornecedor (transportadores) mais barato com maior tempo de estacionamento da caçamba estacionária. Essa prática invariavelmente está concatenada a descarte clandestino ou a venda ilegal do resíduo para aterramento ou elevação do greide (aterramento para elevar o terreno).
O transporte de resíduos, a caçamba de entulho, o próprio resíduo são elementos presentes em nosso dia a dia, em cada viagem que fazemos para o trabalho ou no retorno para casa, na construção, no reparo, nas enchentes, catástrofes, enfim, está em todo lugar, contudo, absurdamente não tem uma abordagem profícua em nenhum plano de resíduos e, ao menos, alguém que olhe para o negócio como importante ou o desvelo necessário para entender a relação desse segmento com os reais problemas do entulho no Brasil.
Sob a batuta dos órgãos públicos municipais, não há uma ação efetiva para garantir a segurança dessas empresas e preservar o meio ambiente, assim, mesmo os transportadores de resíduos da construção sendo essenciais em pandemias, epidemias, surtos, catástrofes ambientais, enchentes e ambientes hostis, são invariavelmente colocados de lado em políticas públicas, escanteados na abordagem ambiental, planos municipais e estaduais de resíduos sólidos e estímulos econômicos ou financeiros.
É a regra. Não há sequer um capítulo nos planos estaduais e no Planares (Plano Nacional de Resíduos Sólidos) sobre o transporte de resíduos da construção, suas dores, seus desafios, nada.
É fato que o segmento de transporte de resíduos é o maior vetor de poluição ambiental. Também é fato que, embora esteja na lei e já seja reconhecido por algumas prefeituras, é um negócio que resiste a admitir a responsabilidade do gerador sobre o resíduo.
Sim, o transportador pensa que ele é o responsável pelo resíduo. Estranho, mas real.
No Brasil real, nos rincões do país, onde a lei funciona como sugestão e não há controle do que se gera, transporta e destina, o que acontece na maior parte do interior, é o transportador que leva o entulho para um terreno baldio, para uma área alagada, para o rio, para o mar e até para o aterramento de áreas para a construção de novas moradias ou favelas.
Assim temos uma receita que envolve a negligência do poder público, diminuto em fiscalização e regulamentação, sem regras para a geração, transporte e destinação, o caçambeiro assumindo a responsabilidade não apenas pelo transporte mas também pelo gerenciamento e destinação do RCD e uma sociedade sedenta em resolver seus problemas o mais rápido possível no menor preço e sem responsabilidade legal.
Quando a TV aborda matérias jornalísticas sobre os aterros clandestinos de lixo e entulho, nunca, absolutamente NUNCA, cobram as construtoras. Isso passa objetivamente por uma noção extremamente superficial do jornalista sobre a questão ambiental.
Aqui vale um debate sobre como as cidades estão discutindo essa questão. Precisamos discutir a baixíssima qualificação das secretarias e divisões de meio ambientes para propor solução para a gestão dos resíduos da construção. Isso passa por uma visão malograda dos estados que, por sua vez, não tem orientação e empenho do Ministério do Meio Ambiente.
Um aterro clandestino é o resultado de anos e anos de omissão e corrupção do poder público e das construtoras numa cultura financiada por lobbies fortíssimos que culmina no transportador, ou seja, toda a cadeia está se equilibrando no caçambeiro para ostentar seus números na gestão ambiental.
Então temos uma cadeia com poderes, afazeres e responsabilidades totalmente discrepantes. A gestão correta dos resíduos, isto é, a separação dos resíduos no canteiro de obras, a escolha do melhor material para a obra, do método de construção, correção e demolição e manutenção inexiste no gerador.
Pare, olhe e escute: Não existe gestão dos resíduos na maioria das construtoras.
Dessa forma é conveniente uma construtora vangloriar-se de dados sobre a destinação e reciclagem dos resíduos, que convencem uma porção significativa da sociedade, mas é obrigação dela se assegurar da destinação correta do entulho e não colocar toda a responsabilidade no elo mais frágil da cadeia – o caçambeiro.
É confortável para uma construtora vender seu imóvel com uma camada de verniz ambiental, sem fazer absolutamente nada. Ainda, essa mesma construtora participa e estimula o desmonte de políticas ambientais por meio de seu sindicato, senta-se com prefeitos, governadores e até presidente, e até assume compromissos ambientais, que sutilmente são anulados nos departamentos de compra, contratando empresas transportadoras baratas que descartam seus resíduos em qualquer lugar em troca de um papel – o CTR ou MTR.
Os transportadores são órfãos de políticas públicas por não estarem à mesa de discussão, não serem organizados e seus algozes – clientes ao mesmo tempo, contarem com a concorrência acirrada do mercado de caçamba, degradando ainda mais o segmento de transporte.
Já parou para pensar que esse calor sufocante, essas inundações que estão ocorrendo no nosso país tem uma parcela de contribuição sua? Como sabemos, um dos grandes desafios ambientais da modernidade é a grande quantidade de resíduos gerados pela população. Apesar das inúmeras campanhas em prol da sustentabilidade, ainda não há uma conscientização adequada quanto à maneira correta de destinar esses resíduos de modo correto para que não prejudiquemos o meio ambiente. Alagamentos e inundações, aumento da poluição, aumento de emissão de gases de efeito estufa com impacto direto no aumento da temperatura do planeta, desperdício de recursos públicos, desvalorização de imóveis, obstrução de vias públicas, prejuízos ao turismo e transtornos com saúde pública são apenas alguns dos principais problemas causados pelo descarte incorreto dos resíduos gerados pelas populações no seu dia a dia. A geração de resíduos aumenta proporcionalmente ao ritmo do consumo por parte das populações. Quanto mais produtos são adquiridos, mais embalagens os acompanham.
Disso resulta maior degradação dos recursos naturais não renováveis, além do aumento expressivo do volume de resíduos. As pessoas geram resíduos desde a hora que acordam até a hora em que vão dormir, todos os dias, pois de quase todas as ações realizadas no nosso cotidiano, sobram materiais que perderam a utilidade ou que simplesmente já não queremos mais e, por essa razão, os descartamos. Na correria do dia a dia, nem nos damos conta do enorme volume de resíduos que geramos e temos a falsa impressão de que ele desaparece quando o colocamos para fora de casa para que seja coletado. Entretanto, esses resíduos não desaparecem como imaginamos. São levados, na melhor das hipóteses, para aterros sanitários ou cooperativas de reciclagem, mas, infelizmente, em muitos lugares, ainda são depositados em lixões a céu aberto, algo totalmente inadequado, insalubre e ilegal. Com a expansão demográfica e a manutenção dos hábitos de consumo, em um futuro muito próximo a humanidade experimentará o esgotamento dos recursos naturais. Nessa conjectura, é preciso fomentar medidas educativas que estimulem a adequação de novos hábitos individuais em prol do bem-estar da coletividade e da viabilidade da vida no planeta.
Logo, esse é um desafio imposto a todos: desenvolver hábitos de consumo mais sustentáveis, que visem afetar minimamente os recursos naturais. Essa postura perpassa pela necessidade de trabalhar o desperdício e de reduzir o consumo excessivo e, consequentemente, a geração de resíduos. Igualmente importante é estimular, no nível social, esse compromisso com a manutenção da vida, a fim de que as próximas gerações tenham um exemplo a ser seguido. Esse pode ser um caminho possível para harmonizar nossa relação com o planeta, promover a saúde ambiental e coletiva e assegurar a sua capacidade sustentável. Nessa perspectiva, não basta apenas repensar formas mais conscientes de descarte de resíduos, mas é vital priorizar maneiras mais seguras de reutilizar e reciclar já que existem inúmeras soluções para essas práticas. Faça a sua parte o planeta e as futuras gerações agradecerão.
Antes de sair para o trabalho, damos uma arrumada na casa. Recolhemos o lixo do banheiro, separamos o jornal do dia anterior, rasgamos alguns papéis, juntamos as sobras de uma reuniãozinha da noite anterior e entramos na cozinha para fazer o café. Terminada essa refeição, sobram migalhas de pão, a caixa do leite, o coador de papel, as cascas de frutas, o potinho de iogurte. Juntamos tudo isso num saco plástico, amarramos e colocamos num lugar de onde possa ser levado para longe dali. E assim tem início diariamente uma enorme produção de lixo, a começar pelo domiciliar, que só termina quando as luzes se apagam. O preparo das refeições, o lanche das crianças, a faxina em algum armário (que rende sacos e sacos de coisas para jogar fora), enfim, tudo isso dá, em média, um quilo de lixo por pessoa, por dia (fonte ABRELPE/2022). A média de lixo domiciliar oscila de acordo com o nível de renda e cultura de cada família, fatores esses que determinam o poder de consumo.
MAS AFINAL O QUE É LIXO?
Na Natureza, os materiais gerados em qualquer processo passam imediatamente a fazer parte de outros processos, numa cadeia interminável, onde nada se perde, tudo se transforma. Na cidade é diferente. De todo lugar em que haja atividade humana sai lixo; é normal. O que não é normal é a sociedade, que gera todo esse lixo, ignorá-lo após o descarte, sem dar conta de tratá-lo, causando a poluição do ambiente. E a realidade nos grandes centros urbanos é que o lixo cresceu em quantidade e diversidade, a ponto de exigir uma tomada de consciência urgente por parte da sociedade, do poder público e do setor privado, no sentido de reduzi-lo, reutilizá-lo e tratá-lo.
Entende-se por lixo todo e qualquer resíduo sólido, semi-sólido, líquido ou semi-líquido resultante das atividades do homem na sociedade. Em outras palavras, lixo é tudo aquilo que não nos serve mais, do que não precisamos ou que não queremos mais ter por perto.
Um conceito amplamente divulgado hoje em dia para a problemática do lixo é o do 3Rs, que consiste na redução da geração de resíduos, reutilização e reaproveitamento de materiais e reciclagem de materiais.
O QUE É RECICLAGEM
A reciclagem é o resultado de um conjunto de técnicas e atividades que tem o objetivo de reaproveitar e reutilizar os resíduos de substâncias em seus ciclos de produção. Hoje, já se encontram várias alternativas de reaproveitamento destes materiais em confecções de produtos artesanais, vestuário, acessórios e inseridos novamente na cadeia produtiva de novos produtos.
A IMPORTÂNCIA DA RECICLAGEM
Cada vez mais se faz necessário o cuidado e a atenção com o meio ambiente. O desequilíbrio provocado pela devastação de recursos naturais está colocando em risco, não só espécies animais e vegetais, mas a sobrevivência do próprio homem no planeta. Uma das formas de revertermos esta situação é com reaproveitamento de materiais recicláveis, evitando uma maior extração de recursos, diminuindo o acúmulo de lixo nas áreas urbanas e reduzindo as emissões dos gases de efeito estufa.
VANTAGENS DA RECICLAGEM
Redução da quantidade de resíduos encaminhados ao aterro sanitário com o inerente aumento da sua vida útil;
Redução dos impactos ambientais durante a produção de novas matérias primas;
Redução da poluição ambiental;
Ampliação do desenvolvimento econômico pela geração de novos empregos na operacionalização dos materiais recicláveis e na expansão dos negócios relativos à reciclagem. A importância da reciclagem está ligada ao desenvolvimento sustentável, que engloba, não só o meio ambiente, mas também aspectos sociais e econômicos. Isso porque, quando descartamos os produtos de forma adequada, agregamos valor ao processo e ao material, já que melhoramos os índices de reaproveitamento, barateamos o custo de produção e estimulamos o crescimento da reciclagem, reduzimos a quantidade de rejeitos, diminuímos o consumo de novas matérias primas, gerando, inclusive, mais emprego e renda, reduzimos o consumo de energia e de água na fabricação de novos produtos.
MATERIAIS RECICLÁVEIS
Material reciclável é o material pode ser transformado em outro novo material. Reciclado indica que o material já foi transformado. Algumas vezes, o material que foi reciclado pode sofrer o processo de reciclagem novamente. Certos materiais, embora recicláveis, não são aproveitados devido ao custo do processo ou à falta de mercado para o produto resultante.
Exemplos de materiais recicláveis mais comuns:
Metais, vidros, plásticos, papel, papelão, resíduos orgânicos (compostagem), eletroeletrônicos, óleo de cozinha usado, lâmpadas, pilhas e baterias, medicamentos vencidos e suas embalagens, entre outros tantos resíduos que geramos em nosso dia a dia, cada um com seu descarte e encaminhamento para os locais adequados e licenciados para receber e tratar esses resíduos.
Faça uma experiência: acumule seu s resíduos gerados durante uma semana em sua casa e veja os problemas que irão aparecer para você. Faça um exercício de imaginar essa atitude para as casas da sua rua, para o seu bairro, para sua cidade.
É justamente isso que estamos fazendo com o nosso Planeta. Já passou e muito da hora de repensarmos nossos hábitos, estamos vivenciando isso com as fortes ondas de calor, as fortes chuvas que estão assolando nosso País, estamos contribuindo e muito para o aumento da geração dos gases de efeito estufa e, acabando com a possibilidade de as próximas e futuras gerações poderem viver em um mundo ambientalmente equilibrado. Reflita, tome as atitudes necessárias e faça sua parte, o Planeta agradece.
Um dos desafios mais complexos está na captação das embalagens pós consumo da construção civil. A Rafa Resolve conta com um sistema que possui em seu algoritmo um cálculo de otimização de rota viabilizando essa operação. Esse sistema aproveita o caminhão mais próximo do local da captação e o aciona para a coleta.
O sistema não só resulta em economia financeira, como também contribui para a mobilidade urbana.
Embalagens contaminadas
As embalagens geralmente são contaminadas com o próprio produto, como resto de tinta, de cimento, entre outros. O time de engenharia da Rafa Resolve criou procedimentos junto com os recicladores para viabilizar essa reciclagem, fazendo com que esses resíduos passem por um sistema de reciclagem específico.
Engajamento para captação e localização das embalagens
Outro grande desafio é fazer com que os pequenos geradores se engajem com a logística reversa. Para estimular esse consumidor, a Rafa Resolve criou um programa de engajamento e recebimento das embalagens pós consumo de produtos utilizados na construção civil, inclusive com sobras desses produtos nas suas respectivas embalagens, que é o sistema CONSTRUPOM.
Todos nós, em algum momento, teremos que fazer pequenas reformas em nossas casas. Até aí, tudo bem. O problema começa quando temos que descartar o que sobrou, a lata de tinta com um pouco de tinta dentro, os pincéis e rolos usados, sacos de cimento, de cal, de argamassa, dispositivos elétricos danificados, embalagens pós consumo da construção civil, entre outros.
E surge a dúvida: como descartar corretamente esses resíduos?
Para resolver esse problema criamos o sistema CONSTRUPOM, que é um sistema completo de logística reversa de embalagens e resíduos pós consumo da construção civil.
Já temos 5 unidades instaladas e, até o final do ano, teremos atingidas 40 unidades instaladas na Região Metropolitana de São Paulo.
Trata-se de um sistema completo de logística reversa (coleta, transporte, destinação) pioneiro no mercado, que concentra em um único ponto o descarte de resíduos e embalagens pós consumo, inclusive com as sobras dos produtos, em suas respectivas embalagens, de todos os produtos utilizados na construção civil.
A sigla significa “captar, receber, rastrear e transformar”, veja como isso se aplica na prática!
Para educar o mercado sobre a logística reversa de embalagens pós-consumo, a Rafa Resolve criou o seu próprio método: o CRRT (captar, receber, rastrear e transformar). Quer entender no que consiste cada etapa? Explicamos a seguir.
Captar
O foco aqui é a captação das embalagens pós-consumo de produtos da construção civil. A Rafa Resolve conta com a coleta “in loco”, indo até o local para coletar os resíduos.
Para facilitar esse processo, foram criadas duas metodologias diferentes para alcançar consumidores de grande porte e os de pequeno porte.
Grande porte: a operação inclui a coleta e transporte das embalagens até os centros de recebimento da Rafa Resolve. Um dos grandes diferenciais está na logística. A empresa conta com um sistema próprio com um algoritmo que calcula a melhor rota para os motoristas.
Pequeno porte: para esse tipo de consumidor, a Rafa Resolve conta com um complexo logístico formado por parceiros que, além de fazerem entregas, também realizam essa captação.
Receber
Nesta etapa, os resíduos captados vão para os pátios que conseguem receber milhares de toneladas de embalagens por mês. Esses pátios, que são espalhados por São Paulo e por várias regiões do Brasil, possuem ergonomia para que os caminhões entrem, descarreguem e saiam facilmente.
Rastrear
A Rafa Resolve quantifica, qualifica e rastreia todas as etapas da cadeia logística, como coleta, transporte, armazenamento, reciclagem e transformação.
A empresa conta com um sistema próprio que categoriza as embalagens recebidas por perfil de gerador, tipo, marca e produto. O rastreamento é feito em tempo real, sendo possível enxergar o volume das embalagens que se encontram em cada cadeia.
O pequeno ou grande consumidor, ao depositar suas embalagens em uma das modalidades, recebe um certificado de destinação final, conhecido como CDF, que garante que suas embalagens terão uma destinação legalizada e ambientalmente correta.
Transformar
Na etapa final, a equipe da Rafa Resolve estuda a fundo cada tipo de material e as possibilidades e caminhos para os quais ele pode ser destinado. Após esse estudo minucioso, é apresentado para a indústria o melhor caminho para transformar as embalagens com foco sempre na economia circular.
Apesar de ser um processo complexo, o CRRT é de grande impacto, pois visa a sustentabilidade e economia para a construção civil. Mais um diferencial da Rafa Resolve!